ANEEL pretende regulamentar armazenamento de energia até maio

Expectativa é que a tecnologia agregue características ao sistema elétrico para permitir a expansão das renováveis
Ricardo Tili, diretor da ANEEL no Energyear 2025. Foto: Reprodução/YouTube

O diretor da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), Ricardo Tili, anunciou que a regulamentação dos sistemas de armazenamento de energia, incluindo baterias e usinas reversíveis, deve ser publicada até maio deste ano.

“Entendo que essa será a próxima fronteira do desenvolvimento do setor elétrico”, afirmou Tili nesta quarta-feira (5/2), durante o Energyear Brasil 2025, em São Paulo. “O sistema de armazenamento agregará características que permitirão a continuidade da expansão das energias renováveis no Brasil.”

A segunda fase de contribuições da Consulta Pública nº 39/2023 foi encerrada em 30 de janeiro. No momento, os técnicos da ANEEL analisam as sugestões recebidas para elaborar a nota técnica que servirá de base para a futura norma.

Relator do processo, Tili explicou que a consulta pública foi estruturada em três ciclos ao longo de 18 meses. O primeiro debateu a caracterização dos recursos de armazenamento e a definição dos serviços a serem prestados. No segundo, foram discutidas especificações para as usinas reversíveis de ciclo aberto e a possibilidade de desenvolvimento de sandboxes regulatórios. Agora, o foco será nos modelos de negócio, incluindo aplicações de armazenamento para mitigar o curtailment e o constrained-off das usinas renováveis.

Ainda há desafios a serem resolvidos, como a forma de conexão dos agentes de armazenamento ao sistema de transmissão e distribuição, a definição da tarifa de CUST/D aplicável e as regras para concessão de outorga às usinas reversíveis e aos sistemas de armazenamento. Outro ponto crucial é o desenvolvimento de um modelo de remuneração que torne os investimentos viáveis.

“A ideia é estruturar um empilhamento de receita que garanta viabilidade econômica para que esses sistemas se tornem mais frequentes no Brasil, como já ocorre em outros países”, concluiu Tili.

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

Respostas de 6

  1. Prezados, o BNDES é um espanta empresários de pequeno e médio portes. O caderno de encargos é feito só para os grandes. vejam só o absurdo. O financiamento é apenas para projetos solares acima de R$10milhoes. O negócio dele é jogar o pequeno nos braços dos grandes bancos. O Itaú teve um lucro em 2024 de 44bilhoes de reais. O Brasil é o paraíso dos grandes bancos, inclusive os federais. Por último, os recursos do BNDES, grande parte, é do Fat, fundo de amparo ao trabalhador. É mole! Brasil país muito estranho! O sistema bancário brasileiro é um dos mais sólidos do mundo.

  2. Prezados, o BNDES é um espanta empresários de pequeno e médio portes. O caderno de encargos é feito só para os grandes. vejam só o absurdo. O financiamento é apenas para projetos solares acima de R$10milhoes. O negócio dele é jogar o pequeno nos braços dos grandes bancos. O Itaú teve um lucro em 2024 de 44bilhoes de reais. O Brasil é o paraíso dos grandes bancos, inclusive os federais. Por último, os recursos do BNDES, grande parte, é do Fat, fundo de amparo ao trabalhador. É mole! Brasil país muito estranho!

  3. Notamos aí que não é uma questão de governo de direita nem de esquerda, o interesse é absal por parte de todos. A pessoa física nesse país só serve para pagar imposto e mordomias dos bobos analfabetos. BRASIL é um país difícil, muita malandragem.

  4. Quem define as taxas de juros não é o presidente, mas sim o mercado.
    Bolsonaro não anulou nada. A taxa de juros subiu e pronto. Tivemos uma Pandemia Mundial, lembra?
    Como sempre a esquerda espalhando desinformação.

  5. OS CUSTOS DE EQUIPAMENTOS E MÃO DE OBRA PARA INSTALAÇÃO DE ON GRID OU OF GRID SÃO ABSURDOS PARA GRANDE PARTE DOS CONSUMIDORES. NÃO HÁ INCENTIVO, NÃO HÁ IMA LINHA DE CREDITO ÍVEL. A UNICA COISA QUE EXISTE É A REALIDADE DOS PREÇOS ABSURDOS COBRADOS PELA EMPRESAS QUE EM GRANDE PARTE VENDEM E INSTALAM OS EQUIPAMENTOS. DEFINITIVAMENTE O BRASIL NÃO É DOS BRASILEIROS, MAS APENAS DE UMA PARTE DOS BRASILEIROS.

  6. Boa noite. O BNDES estava financiando Energia Solar para Pessoas Físicas, desde 2018, durante o Governo Temer. Bolsonaro entrou e anulou tudo. Não foi divulgado na grande Midia, não ficamos sabendo. Agora, em abril de 2024, quando estava em andamento um financiamento desse tipo, o diretor de um setor do BNDES fez nova circular retirando todas as palavras que autorizavam nós trabalhadores a termos financiamento mais pagável, porque o sistema financeiro está lucrando barbaridade com suas propostas ináveis de financiamento solar, chegando a mais de 1,80% ao mês, um assalto a mão armada. Isso porque o Brasil se auto elogia como grande produtor de energia renováveis. Ah, pois é o Banco do Nordeste tem batido recordes de financiamento para moradores dessa região. Pelo visto, só eles precisam e fazem juiz a juros baixos e pagáveis. E vocês, podem nos ajudar a reverter essa situação ?

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