Na última segunda-feira (28), milhões de pessoas foram surpreendidas e afetadas por uma falha no sistema elétrico europeu, mais especificamente na Espanha, Portugal e partes do sul da França. Até o momento, as autoridades dos países envolvidos buscam definir a causa principal do apagão, mas garantem que a possibilidade de um ataque cibernético foi descartada.
Em comunicado, a operadora da rede elétrica espanhola, Red Eléctrica de España (REE), afirmou que cerca de 60% da demanda nacional foi prejudicada por uma perda súbita de 15 GW, em um curto espaço de tempo de apenas 5 segundos, causando um raro episódio de “blackout” nas regiões. A REE, rede de eletricidade na França, afirma que uma falha na conexão pode ter sido responsável pelo colapso no sistema elétrico que, consequentemente, atingiu áreas vizinhas à fronteira.
Possíveis causas
A Réseau de Transport d’Électricité (RTE), a operadora da rede elétrica sa, confirmou que algumas áreas sofreram cortes parciais de energia, mas garantiu que o fornecimento foi restabelecido posteriormente, sem danos permanentes. A operadora afirmou em comunicado à imprensa que um apagão de tamanha proporção é algo extremamente raro, mas que já ocorreu em anos anteriores na Europa: França 1978 e 1987, Itália 2003, Alemanha 2006, Balcãs 2024.
A Comissão Europeia também se pronunciou, afirmando que está em contato com as autoridades nacionais da Espanha e Portugal, bem como com a rede europeia de operadores de sistemas de transmissão (ENTSO-E), para compreender as causas subjacentes e o impacto da situação.
Até o momento, as investigações estão em andamento, e diversas hipóteses estão sendo analisadas. Entre as possíveis causas do apagão estão falhas técnicas, fenômenos atmosféricos e até ataques cibernéticos, embora nenhuma evidência concreta tenha sido encontrada até agora para apoiar essas teorias.
O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, descartou publicamente a possibilidade de ataques cibernéticos, afirmando que o incidente não foi provocado por nenhum tipo de ataque à infraestrutura elétrica. O Ministro da Presidência de Portugal, António Leitão Amaro, também declarou que as causas do apagão podem ter origem fora de Portugal, principalmente na Espanha.
Causas Descartadas
Ao longo das investigações, algumas causas foram descartadas. Fenômenos meteorológicos extremos, como mudanças bruscas de temperatura ou eventos atmosféricos, foram investigados, mas a AEMET (Agência Estatal de Meteorologia da Espanha) afirmou que não houve qualquer evento incomum que pudesse ter causado o apagão. Também foi descartada a possibilidade de falhas causadas por incêndios florestais ou outros desastres naturais.
União Europeia
A União Europeia e as autoridades nacionais estão trabalhando para entender completamente a falha e implementar melhorias no sistema de redes elétricas. A Comissão Europeia expressou sua intenção de avaliar as conclusões das investigações e tomar medidas para fortalecer a infraestrutura elétrica, a fim de evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro.
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