Aplicada de maneira correta, a NBR 5410 evita acidentes fatais

Paulo Freire esclarece como a norma evitaria a morte do campineiro que foi eletrocutado ao tocar em poste

No último domingo (21), um homem de 52 anos morreu eletrocutado na Lagoa do Taquaral, em Campinas, interior de São Paulo.

Eduardo Girotto estava jogando tênis quando encostou em um dos postes de iluminação que fica entre as quadras da Lagoa. Apesar do acionamento do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do Corpo de Bombeiros, o homem teve uma parada cardíaca e morreu na hora. 

O local foi isolado e está ando por perícia da polícia cientifica e pela vistoria da secretaria de Serviços Públicos. A prefeitura do município afirmou que irá tomar todas as providências necessárias e dar todo o apoio às investigações.

Segundo Simone Girotto, seu marido recebeu a descarga elétrica ao se apoiar no poste para pegar uma bola de tênis. 

“Ele se apoiou no poste para pegar a bolinha de tênis e ficou ali, não conseguia tirar a mão do poste por causa da descarga elétrica. Tentaram tirar ele e também levaram choque, correram na istração para pedir pra desligar a força enquanto ele tomava o choque elétrico”, relata a viúva.

O engenheiro eletricista Paulo Freire afirma que se o circuito que alimenta o poste tivesse três recursos previstos pela norma NBR-5410 – aterramento do poste, condutor terra ligado na estrutura do poste e dispositivo DR (Diferencial-Residual) – esta fatalidade provavelmente não teria ocorrido. 

“O aterramento combinado com o condutor terra proporcionariam valor adequado e um caminho de retorno para a corrente de volta para à terra, que resultaria na atuação do disjuntor, desligando o circuito e desenergizando o poste”, explica o engenheiro. 

Segundo Freire, o acidente ocorreu por falhas de instalação e de manutenção da rede pública de iluminação, com prováveis não-conformidades com as normas ABNT aplicáveis e a falta de um dispositivo DR.

“Pode ser que o contato do fio com o poste fosse ruim, caracterizando o que se chama de uma falta de alta impedância, que não resultaria em corrente de curto-circuito suficiente para garantir a atuação do disjuntor. Neste caso, o dispositivo DR detectaria a fuga de corrente para à terra e desligaria o circuito, o poste de luz deve ser obrigatoriamente protegido por um dispositivo DR”, complementa Freire.

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Redação Canal Solar
Conteúdo assinado por especialistas e colaboradores do Canal Solar, com análises técnicas, reflexões práticas e experiências do setor de energia solar.

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