Câmara dos Deputados entra no debate dos sistemas de armazenamento de energia

Parlamentares se reunirão em audiência pública para debater a inserção dessa solução e das baterias no sistema elétrico nacional
Câmara dos Deputados entra no debate dos sistemas de armazenamento de energia
Foto: Elio Rizzo/Câmara dos Deputados

A CME (Comissão de Minas e Energia) da Câmara dos Deputados fará uma audiência pública para debater a inserção de sistemas de armazenamento de energia e de baterias nos sistemas elétricos do Brasil. 

O colegiado aprovou requerimento, na última quarta-feira (7), e em breve deverá anunciar a data do encontro. A audiência pública foi proposta pelo presidente da CME, deputado Diego Andrade (PSD-MG). 

Entre as autoridades que serão convidadas a participar, estão o secretário nacional de Energia Elétrica do MME (Ministério de Minas e Energia), Gentil Nogueira de Sá Júnior; o diretor-geral da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa; o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Marcio Rea; e o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Thiago Guilherme Ferreira Prado.

Das entidades ligadas ao setor, os convites foram estendidos para a diretora presidente da Abrage (Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica), Marisete Dadald; o presidente da ABSAE (Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia), Sr. Markus Vlasits; o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales; o coordenador geral do GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico), Nivalde de Castro; e o vice-presidente Sênior de Jurídico, Compliance e Regulatório da Elera Renováveis, Gustavo Andrioli. 

Também participará do debate a Associação Internacional de Energia Hidrelétrica (International Hydropower Association – IHA).

Para Diego Andrade, os sistemas de armazenamento de energia têm grande relevância no país, em especial no atual cenário de mudanças na matriz de energia elétrica, a partir da entrada de fontes não controláveis, como a eólica e a solar. 

“Essas fontes têm apresentado elevado crescimento nos últimos anos e geram importantes desafios para a operação dos sistemas elétricos, devido à característica de intermitência, o que dificulta que se obtenha a exata sintonia entre a oferta e a demanda de energia elétrica”, disse ele.  

Nesse cenário, o executivo destaca que surge a necessidade de utilização de mecanismos eficientes, eficazes e econômicos que permitam, por exemplo, a absorção do excesso de geração que ocorra em determinados períodos e sua posterior entrega nos momentos de maior demanda, tarefa que poderia ser executada por sistemas de armazenamento conectados aos sistemas elétricos.  

“As tecnologias de armazenamento de energia, que abrangem, destacadamente, as usinas hidrelétricas reversíveis e as baterias eletroquímicas, terão um papel fundamental e indispensável para a manutenção da segurança operativa do sistema elétrico nos próximos anos”, comentou. 

“Dessa maneira, torna-se essencial e premente que se discutam as principais questões legais e regulatórias necessárias para a sua contratação, implantação e operação de forma integrada nos sistemas elétricos nacionais, tanto no que se refere ao SIN (Sistema Interligado Nacional) quanto aos sistemas isolados”, completou o presidente da comissão e autor do requerimento da audiência pública.

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Foto de Manoel Guimarães
Manoel Guimarães
Atuou como repórter, locutor de rádio e assessor de comunicação. agens por redações e pelos três Poderes da República. Acompanha o setor elétrico desde 2016.

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