Edmond lança nova forma de financiamento para produtores rurais

Empresa firma parceria com Agropermuta e estimativa movimentar entre R$ 50 milhões e R$ 70 milhões em operações neste ano
3 min 10 seg de leitura

Visando fomentar o mercado de energia solar, as fintechs Edmond e Agropermuta firmaram parceria. O objetivo é oferecer condições especiais de financiamento para produtores rurais interessados em desenvolver projetos de energia renovável. Com o acordo, a Edmond atuará como originador cedente da operação e a Agropermuta vai “enquadrar” o crédito e reá-lo a seus investidores. A estimativa das duas empresas é que essa nova forma de financiamento movimente entre R$ 50 milhões e R$ 70 milhões em operações até o fim do ano.

Inicialmente, são esperados tickets médios de projetos a partir de 100 kWp até 500 kWp e, com o aumento das operações, a expectativa é que o produto tenha estrutura para projetos maiores de 1 MWp a 5 MWp até o 4º trimestre de 2021.

“A Edmond atua com ênfase em desenvolvimento sustentável, adotando práticas enquadradas no conceito de Environmental, Social and Corporate Governance (ESG). Deste modo, viabiliza o o à produção de energia limpa e sustentável, através da implementação de usinas solares fotovoltaicas para o produtor rural, custeadas com a própria cultura futura mediante a emissão de Cédula de Produto Rural Financeira (R-F), a ser paga em parcela anual ao longo de 3 anos”, destaca Jackson Chirollo, CEO da Edmond.

Os projetos de energia fotovoltaica serão implementados em conjunto com integradores parceiros e todos estes projetos serão registrados pela Edmond na plataforma internacional REC Standard, sendo classificados como geradores de energia por fonte renovável.

Serão emitidos certificados I-RECs, os quais permitirão comprovar a origem da energia para redução das emissões de carbono decorrentes de consumo de energia elétrica, sendo este um dos requisitos para enquadrar os empreendimentos como operações sustentáveis, facilitando o às melhores opções de crédito rural que estarão disponíveis de acordo com os princípios do open banking.

Estas também são premissas essenciais para o recebimento de certificações, selos nos critérios ESG e, inclusive, para permitir a emissão de títulos verdes. Chirollo ainda ressalta que a energia renovável oferece enormes vantagens ao agronegócio, independentemente da cultura plantada, uma vez que os consumos de energia elétrica neste setor são elevados. “A missão da Edmond é viabilizar o aproveitamento das grandes extensões territoriais em conjunto com a forte exposição solar, resultando em grandes benefícios financeiros aos produtores”, destaca.

“Em função disso, nós reorganizamos a cadeia de valor para desenvolver um produto que oferece oportunidades a longo prazo aos interessados em investir em equipamentos fotovoltaicos no campo”, afirma Alex Kalef, diretor executivo da Agropermuta.

Com a nova solução, produtores rurais – que possuem de mil a sete mil hectares de área produtiva – poderão implantar uma usina fotovoltaica na propriedade e pagar com a própria produção, em apenas três parcelas anuais. “A partir de agora, o produtor rural terá 12 meses de carência entre cada uma das parcelas (não atreladas a nenhum indexador, como IPCA/CDI), mantendo o fluxo de caixa positivo”.

Além disso, os interessados terão todas as garantias de seguro que a Edmond oferece, Cédula de Produto Rural Financeira (R-F) agrícola e liberação de crédito em até 40 dias no máximo. “Este produto chega ao mercado para auxiliar os produtores rurais a desbravarem o mercado de capitais como fonte de fomento. Nós propiciamos uma opção mais balanceada ao produtor rural que, embora tenha o aos financiamentos mais tradicionais, habitualmente estes são burocráticos e com taxas e garantias incompatíveis. Nosso modelo de negócio veio para solucionar esse desafio, além de incentivar o uso de equipamentos sustentáveis que trazem benefícios ao negócio e ao planeta”, conclui Kalef.

Foto de Ericka Araújo
Ericka Araújo
Líder de Comunicação do Canal Solar. Host do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado de energias renováveis. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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