Em 2024, o Brasil alcançou 88,2% de participação de fontes renováveis em sua matriz elétrica. Desse total, as usinas solares e eólicas se destacaram, representando juntas 24% da geração de eletricidade no país.
De acordo com o relatório do BEN (Balanço Energético Nacional – ano base 2024), a matriz energética brasileira atingiu 50% de renovabilidade.
Esse avanço se deve principalmente à continuidade da oferta de energia hidráulica e da biomassa da cana-de-açúcar, além do crescimento de outras fontes renováveis, como licor preto, biodiesel, energia eólica e solar fotovoltaica.
Outro dado relevante é o desempenho do setor industrial, que atingiu 64,4% de renovabilidade no consumo energético. Esse resultado foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento no uso de energia elétrica (+4,1%), que ultraou o bagaço de cana como principal fonte utilizada pela indústria.
Emissões
Segundo o relatório, as emissões totais associadas à matriz energética brasileira chegaram a 431,3 milhões de toneladas de CO₂ equivalente (Mt CO₂ eq). O setor de transportes foi responsável por quase metade desse volume, com 214,3 Mt CO₂ eq.
Na média per capita, cada brasileiro emitiu 2,0 toneladas de CO₂ equivalente em 2024, considerando a produção e o consumo de energia. No setor elétrico, a intensidade de emissões foi de apenas 59,9 kg CO₂ eq por megawatt-hora (MWh) gerado – um índice considerado muito baixo. Para efeito de comparação, esse valor é cerca de quatro vezes menor que a média registrada em países da OCDE na Europa e nos Estados Unidos, e até dez vezes inferior ao índice da China.
Vale destacar que cerca de 70% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa ainda estão concentradas nos setores de agropecuária e uso da terra, mudanças no uso da terra e florestas. Já o setor de energia foi responsável por 20,5% das emissões totais inventariadas em 2022.
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