O furto de cabos elétricos continua sendo uma preocupação crescente para o setor de distribuição de energia elétrica no Brasil. O último levantamento feito pela Enel revela que, apenas nos quatro primeiros meses deste ano, cerca de 170 mil clientes foram afetados por quedas de energia causadas por esse tipo de crime nas áreas atendidas pela companhia.
O cenário é particularmente alarmante no estado do Rio de Janeiro, onde os registros desse tipo de ocorrência dispararam 142% em comparação com o mesmo período de 2024. No estado, os maiores índices foram registrados nas cidades de Campos dos Goytacazes, Macaé, Niterói e São Gonçalo. Ao todo, 1,5 mil consumidores ficaram sem luz.
Já no Ceará foram furtados 76 quilômetros de cabos entre janeiro e abril deste ano. A cidade de Fortaleza lidera os registros no estado, seguida pelos municípios Beberibe, Camocim e Cascavel. No período do levantamento, mais de 160 mil consumidores ficaram sem o à energia elétrica.
Em São Paulo, as cidades com mais ocorrências são a capital, Osasco, Santo André e São Bernardo do Campo. De acordo com a Enel, 8,2 mil clientes foram afetados diretamente. Diante da escalada dos furtos, a Enel intensificou medidas preventivas, como a substituição de cabos por materiais de menor valor de revenda e o reforço na articulação com forças de segurança pública.
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Prejuízo nacional ultraa R$ 45 milhões
O problema não se limita às áreas de concessão da Enel. Dados nacionais da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) apontam que, em 2024, mais de 28 mil furtos de cabos foram registrados no país, gerando perdas superiores a R$ 45 milhões. Ao todo, mais de 130 toneladas de fios foram subtraídas no ano ado.
“O furto de cabos elétricos no Brasil gera graves impactos para a sociedade. Esse tipo de crime afeta as distribuidoras e consumidores em todo o país, pois interfere diretamente na prestação do serviço de distribuição de energia, provocando episódios de falta de luz para os clientes e grandes prejuízos financeiros para as companhia”, afirmou Marcos Madureira, presidente da Abradee.
“Não podemos ignorar o grande risco de acidente associado a esse delito, que pode vitimar quem pratica o furto e, por vezes, causar outros impactos na comunidade do entorno como curtos ou incêndios”, completou Madureira.
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