O Brasil alcançou, nesta segunda-feira (07), a marca de 15 GW de GD (geração distribuída). O resultado, puxado pela energia solar, conta também com a evolução de fontes complementares, como biogás, biomassa, eólica, a energia movida a potencial hidráulico e a cogeração a gás natural.
De acordo com Guilherme Chrispim, presidente da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), “a GD vem crescendo cada vez mais rápido e se consolidou em 2022 como uma alternativa ível para geração de energia limpa e renovável, conforme prevíamos antes mesmo de o ano começar”.
“Prova disso é que temos batido novos recordes quase que mensalmente. Para chegar aos 14 GW, em outubro ado, foram necessários 38 dias, o que foi um recorde para o setor. Agora, para os 15 GW, foram necessários somente 25 dias, batendo com folga o recorde alcançado no último mês”, destacou.
A geração própria de energia ajudou a colocar a fonte solar na terceira posição da matriz elétrica nacional: cerca de 2/3 da potência dessa fonte vem da geração distribuída, em telhados ou projetos de minigeração, contra 1/3 de geração centralizada.
Segundo a ABGD, até o final do ano, a expectativa é de que a GD cresça mais 1,5 GW de capacidade na fonte fotovoltaica, empurrando-a para o segundo lugar na matriz.
Na visão da Associação, os projetos de geração de energia para consumo próprio a partir do biogás ou da biomassa também vêm crescendo e apresentam grande potencial – especialmente no interior do Brasil.
Entre os mais de 1,8 milhão de consumidores beneficiados, a maioria (47,9%) dos projetos são do grupo residencial, seguido pelo consumo comercial (29,6%), rural (14,2%) e industrial (7%).
De acordo com a ABGD, com os atuais 15 GW de potência instalada, a geração distribuída tem capacidade suficiente para abastecer aproximadamente 7,5 milhões de residências, ou 30 milhões de pessoas.
“A evolução da geração própria de energia a principalmente pelos benefícios oferecidos por essa modalidade, em diferentes aspetos. Para os consumidores, a GD se tornou uma alternativa para garantir previsibilidade e baixar custos, além de contribuir com a transição energética”, concluíram.