Huawei apresenta soluções digitais para geração de energia limpa

Em evento na capital paulista, empresa apresentou soluções visando a neutralidade de carbono

A Huawei Brasil promoveu, nesta segunda-feira (29), o Huawei Digital Power Ecosystem 2021 no Palácio Tangará, em São Paulo (SP), com o objetivo de apresentar soluções inteligentes para o setor elétrico.

O evento contou com representantes da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da consultoria Greener. O Canal Solar esteve no local e faz a cobertura do evento.

Durante pouco mais de oito horas, os palestrantes falaram sobre a transformação digital no setor e a importância do fomento de novas soluções para a geração de fontes renováveis – sobretudo a solar – visando um desenvolvimento econômico neutro em emissões de carbono.

A companhia também apresentou a Huawei Digital Power (uma nova subsidiária para integrar tecnologias digitais da empresa), além de: soluções embarcadas em inteligência artificial para o setor de energia; estudos de caso que mostram os benefícios de inversores string para aprimorar a segurança e a eficiência das plantas fotovoltaicas; soluções para data centers zero carbono, infraestrutura de 5G, smart grids e armazenamento de energia.

“Queremos trazer toda a inteligência de software para dentro do mercado de energia (solar, principalmente), que ainda opera de maneira muito mecânica, com hardware e conexão. Cadê a inteligência artificial? Temos muito espaço para avançar e precisamos dela para baratear os preços e aumentar a eficiência dos sistemas” ,disse Humberto Cravo Neto, vice-presidente da Huawei Digital Power no Brasil.

No entendimento da empresa, no futuro, a geração, transmissão, distribuição, consumo e armazenamento de energia serão todos construídos com base em tecnologias digitais. “Hoje, estamos muito focados no segmento de energia solar, porque acreditamos que isso é o futuro. Outras fontes, como a eólica, já chegaram a um ponto de saturação e a solar ainda tem muito espaço para desenvolvimento”, disse Neto.

O executivo revelou também que, atualmente, a empresa tem focado esforços em soluções de armazenamento de BEES e que, futuramente, apresentará inversores dedicados para residências, com saídas triplas de carregador. Uma das novidades apresentadas foi o Huawei FusionSolar, com foco na geração, armazenamento e consumo de energia inteligente com vários recursos de segurança ativa. O sistema conta com otimizadores, solução de armazenamento e funções de segurança como o AFCI (detecção de arco elétrico) e o Rapid Shutdown (desligamento rápido da string).

Memorandos

O evento da Huawei também contou com a de memorandos junto às empresas parceiras. Entre os documentos, o de maior destaque celebrou a parceria com o Grupo Rio Alto para a geração de 1.4 GW de energia limpa na usina fotovoltaica de Santa Luiza.

“É o maior acordo mundial da Huawei fora da China e estamos muito orgulhosos. É uma parceira que engloba o fornecimento dos nossos inversores e transformadores. Toda a parte de inteligência artificial e demais soluções também estão incluídas nesse acordo”, disse Neto.

O executivo comentou que a empresa acredita que hoje há um espaço de dez anos para crescimento exponencial da parte de geração centralizada solar no Brasil e revelou que o fornecimento das novas soluções junto ao Grupo Rio Alto começaram a ocorrer no começo de 2022. “A gente já tem um prazo de entrega para a parte de inversores para daqui 90 dias e para toda a parte de transformadores de 230 dias”.

Participações especiais

O evento também contou com a presença de importantes nomes do setor de energia, como de André Pepitone, presidente da ANEEL, de Carlos Baigorri, conselheiro da Anatel, do deputado federal Lafayette de Andrada, responsável pela relatoria do PL 5829 na Câmara dos Deputados, e do economista Ricardo Amorim.

Em seu discurso, Pepitone destacou o potencial do Brasil para geração de energia renovável e reforçou a necessidade por mudanças na regulamentação para facilitar o o do consumidor às tecnologias de geração distribuída em suas próprias casas.

Segundo o presidente da ANEEL, até 2030, as hidrelétricas devem representar apenas 50% da energia gerada no país. Hoje, esse total é de 85%.”Podemos ser mais eficientes, um telhado pode ser utilizado para gerar energia”, disse. “Estamos ando por uma revolução no setor de energia, saindo da era do consumidor para a do cliente”, ressaltou.

Foto de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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