Instituições recomendam manter parâmetros de aversão ao risco do setor elétrico

MME abriu consulta pública para discutir com os agentes do setor eventuais alterações nos modelos matemáticos que orientam a operação do sistema
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Instituições recomendam manter parâmetros de aversão ao risco do setor elétrico
Foto: Canva

O MME (Ministério de Minas e Energia) abriu, na última terça-feira (3), a Consulta Pública nº 186/2025 para discutir com os agentes do setor eventuais alterações nos modelos matemáticos que orientam a operação do sistema elétrico brasileiro e a formação do PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) – indicador de referência para o mercado de curto prazo.

As três principais instituições envolvidas na gestão e planejamento do setor – ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética ) – recomendaram manter os parâmetros atuais de aversão ao risco utilizados nos modelos computacionais que apóiam a operação do sistema.

Segundo essas instituições, os parâmetros em vigor têm se mostrado eficazes para representar de forma adequada a realidade operativa do sistema elétrico nacional, garantindo segurança e eficiência na gestão dos recursos energéticos.

A consulta pública ficará aberta para contribuições até o dia 3 de julho de 2025. Caso haja decisão por mudanças, elas precisarão ser aprovadas até 31 de julho de 2025, a fim de que os novos parâmetros possam entrar em vigor na primeira semana de 2026, respeitando os prazos regulatórios do setor.

O debate sobre uma possível revisão do parâmetro de aversão ao risco ganhou força após a implantação do Newave Híbrido, em janeiro de 2025. Essa nova versão do modelo ou a considerar as usinas hidrelétricas de forma individualizada, substituindo a antiga abordagem que agrupava as usinas por bacias equivalentes. O objetivo dessa mudança foi aproximar os modelos de planejamento da realidade operacional do sistema.

No entanto, a introdução do Newave Híbrido resultou em uma operação mais conservadora. O modelo ou a dar maior peso às previsões de chuvas, reduzindo a influência da energia armazenada nos reservatórios. Como consequência, houve aumento no PLD e maior volatilidade no mercado livre de energia, mesmo em períodos em que os reservatórios estavam em níveis elevados.

Clique aqui para ar a documentação da consulta pública.

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Foto de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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