O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (19) que manter a taxa de juros em um patamar mais elevado faz sentido diante do cenário atual da economia brasileira.
Segundo ele, em momentos como o atual, o período de permanência em uma taxa restritiva tem um peso maior do que eventuais ajustes pontuais, influenciando diretamente o processo de convergência da inflação.
As declarações foram feitas durante palestra no 12th Annual Brazil Macro Conference, evento promovido pelo banco Goldman Sachs, em São Paulo (SP).
Na semana retrasada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a Selic para 14,75% ao ano, atingindo o maior nível em quase duas décadas.
Nesta segunda-feira, Galípolo destacou que, com as expectativas de inflação ainda acima da meta central e com o cenário econômico desafiador, é justificável que o Banco Central mantenha os juros em patamares mais restritivos por um tempo mais prolongado do que o habitual.
Ele também lembrou que o Brasil já está no quarto ano consecutivo com crescimento do PIB acima de 3%, o que reforça a necessidade de cautela na política monetária.
Em via de regras, um aumento expressivo na taxa de juros é prejudicial para a atividade econômica e o desenvolvimento de qualquer país, mesmo sendo uma medida necessária para controlar a inflação. Do ponto de vista dos investidores, serve como parâmetro para avaliar a viabilidade de seus investimentos.
No setor de energia solar, o ambiente de juros altos tende a impactar os investimentos. O aumento do custo do capital e a elevação das taxas de financiamento tendem a reduzir o apetite por projetos de longo prazo, como os voltados à geração de energia solar, especialmente em um cenário onde investidores buscam aplicações mais seguras e com retorno mais imediato.
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