Setor varejista é o que mais investiu em energia solar no 1º semestre

Estudo aponta ainda que o financiamento bancário já está presente em 54% das vendas de sistemas fotovoltaicos
3 min 11 seg de leitura

Segundo levantamento realizado pela Greener, empresa de consultoria e pesquisa, dentre os consumidores comerciais, o varejo é o setor que mais instalou sistemas fotovoltaicos no primeiro semestre de 2021, representando 38% das implementações. O destaque ficou para os supermercados (22%) e postos de combustível (9%). Já no setor de serviços, que representa 35%, o segmento hoteleiro se destacou com 14%, seguido pela área de saúde (clínicas, hospitais e laboratórios) com 10%.

“O mercado varejista é uma grande tendência, está impulsionando a GD (geração distribuída) no Brasil, principalmente nesse momento de retomada econômica”, disse Márcio Takata, diretor da Greener.

Em relação ao porte das empresas consumidoras que instalaram as usinas solares, as de micro e pequeno porte lideraram o uso dos sistemas. Na pesquisa, mais de 74% das instalações comerciais foram direcionadas para essas categorias.

Leia mais: Mercado varejista aposta em solar para reduzir gastos com conta de luz

Financiamento bancário

Outro ponto ressaltado pelo relatório é sobre o financiamento bancário, que já está presente em 54% das vendas de sistemas fotovoltaicos realizadas em 2021. “É um dado muito significativo quando comparado aos últimos anos”, apontou o executivo.

O banco mais utilizado foi o BV, representando 48%, seguido do Santander, com 32%, e Solfácil, com 27%. Sicreedi e Sicoob, corresponderam por 24% e 23%, respectivamente. Na quinta colocação está o Banco do Brasil, com 16%. “A solar contribui para trazer melhores condições para as empresas, traz mais competitividade”, ressaltou Takata.

Estimativa de payback residencial

De acordo com a consultoria, o valor dos sistemas residenciais foi de R$ 4,88/Wp (dados médios conforme pesquisa GD 1° sem. 2021 para sistemas de 4 kWp). O cálculo leva em consideração a produtividade do local, o custo médio dos sistemas, a tarifa das concessionárias, um PR (Performance Ratio) de 75% e índice de simultaneidade de 30%.

Em relação à última pesquisa GD, por exemplo, o tempo médio de payback de uma usina fotovoltaica de porte residencial diminuiu, em média, 5,9%. Os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Minas Gerais foram os que mais sofreram redução, enquanto Maranhão teve um leve aumento de payback.

Estimativa de payback comercial

Referente ao valor dos sistemas comerciais, o mesmo foi de R$ 3,89/Wp (dados médios conforme pesquisa GD 1° sem. 2021 para sistemas de 50 kWp). O cálculo considera a produtividade do local, o custo médio dos sistemas, a tarifa das concessionárias, um PR de 75% e índice de simultaneidade de 70%.

Em relação à última pesquisa GD, o tempo médio de payback de um sistema fotovoltaico de porte comercial diminuiu, em média, 5,4%. Os estados de Alagoas e Rio Grande do Sul foram os mais impactados, apresentando melhora significativa no payback médio, enquanto Rondônia e Amapá foram os menos impactados.

Estimativa de payback industrial

Já o valor dos sistemas industriais foi de R$ 3,59/Wp (dados médios conforme pesquisa GD 1° sem. 2021 para sistemas de 300 kWp). O cálculo considera a produtividade do local, o custo médio dos sistemas, a tarifa das concessionárias, um PR de 75% e índice de simultaneidade de 50%.

Em relação à última pesquisa GD, o tempo médio de payback de um sistema fotovoltaico de porte industrial diminuiu, em média, 10,2% no país. Os Estados de Alagoas, Paraná e Pernambuco ficaram entre os mais impactados, com melhora mais significativa de payback.

Leia mais: Importação de painéis no 1º semestre de 2021 supera volume de 2020

Mais dados

Apesar da elevação dos custos de módulos, a Greener indicou que os preços dos sistemas fotovoltaicos residenciais para o cliente final se mantiveram estáveis. Os comerciais de médio e grande porte apresentaram elevação nos preços. Mesmo com tal estabilidade identificada no segmento residencial nos últimos semestres, o setor acumulou uma queda de 44% nos últimos 5 anos. Clique aqui e e o estudo completo.

Foto de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Os comentários devem ser respeitosos e contribuir para um debate saudável. Comentários ofensivos poderão ser removidos. As opiniões aqui expressas são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a posição do Canal Solar.

Notícias do Canal Solar no seu E-mail

Relacionados

Receba as últimas notícias

Assine nosso boletim informativo semanal

<
<
Canal Solar
Privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.