O diretor Ricardo Lavorato Tili prepara-se para deixar a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) nos próximos dias. O mandato dele encerra no próximo dia 24 de maio, após três anos à frente da Agência reguladora. Ainda não há confirmação de quem será o nome para a sucessão, mas tratativas já foram feitas na China, durante a agem do presidente Lula pelo país asiático.
A comitiva presidencial na China reuniu, entre outros nomes, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ambos tiveram rusgas no ano ado por questões de indicações para as agências reguladoras, incluindo a ANEEL.
À época, Silveira defendia o nome do secretário de Energia Elétrica do MME, Gentil Nogueira, na ANEEL. A agência ficou com uma vaga aberta desde maio de 2024, por ocasião da saída do ex-diretor Hélvio Guerra.
Nogueira, porém, teve o nome barrado por Alcolumbre e pelo então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), correligionário e conterrâneo de Silveira. A pretensão de ambos de disputar o governo mineiro, todavia, seria um dos elementos por trás da queda de braço.
Como as indicações do governo federal para as reguladoras precisam ar por uma sabatina no Senado, a vaga deixada por Guerra ou quase um ano sem ocupante. Em janeiro, o diretor-geral da ANEEL, Sandoval Feitosa, convocou a superintendente de Concessões, Permissões e Autorizações dos Serviços de Energia Elétrica, Ludimila Silva, para exercer o cargo de diretora na condição de substituta, pelo prazo de 180 dias ou até a nomeação de um novo titular. Ludimila teve o nome aprovado em lista tríplice.
Com a eminente saída de Tili no final deste mês, seriam duas vagas de titular abertas na diretoria, o que ensejaria para uma composição entre Silveira, Alcolumbre e Pacheco. Os avanços nessas tratativas poderão confirmar se de fato houve um negócio da China.
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